Dia Mundial do Meio Ambiente: A Voz da Roça Pela Natureza
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E aí, meu povo! Hoje, dia 5 de junho, é um dia especial, o tal do Dia Mundial do Meio Ambiente. Muita gente na cidade grande talvez nem se lembre, mas pra nós, que vivemos da terra e com a terra, todo dia é dia de meio ambiente. A gente respira o ar puro, bebe a água da nascente, planta na terra que nos dá o sustento. É uma vida de conexão, de respeito, de saber que a natureza é nossa mãe, nossa casa, nosso tudo.
Aqui na roça, a gente aprende que não tem como separar a nossa vida do meio ambiente. É tudo uma coisa só. Se a chuva não vem, a plantação sofre. Se o rio seca, a gente sente na pele. Se a terra não é cuidada, ela não dá. Por isso, esse dia de hoje é mais um lembrete pra todo mundo, da cidade e do campo, que a gente precisa olhar com mais carinho pra essa nossa casa grande, o planeta Terra, que o nosso Senhor criou e nos colocou para tomar conta. E eu, com a minha prosa simples de quem vive no batente, quero contar um pouco de como a gente vê e vive essa relação com a natureza por aqui.
A Vida na Roça e o Meio Ambiente
Na roça, a vida tem outro ritmo, outro compasso. A gente acorda com o galo cantando, o sol nascendo lá no horizonte, pintando o céu de cor. O café é coado na hora, com o cheiro bom do fogão a lenha. E dali a pouco, já estamos na lida, cada um com sua tarefa. Seja na horta, no curral, na lavoura, a gente tá sempre de olho no tempo, no céu, na terra. É que por aqui, a natureza é quem manda, e a gente aprende a respeitar.
Aqui até as crianças aprendem a ler os sinais da natureza. A cor da folha, o canto do passarinho, o jeito da nuvem no céu. Tudo isso conta uma história, diz se vai chover, se o sol vai castigar, se a terra tá boa pra plantar. Meus avós já diziam que a terra é viva, e a gente tem que tratar ela com carinho, como se fosse um membro da família. E é assim que a gente faz. A gente planta, mas também cuida. Não é só tirar, é também dar de volta.
A água, por exemplo, é um bem precioso demais. Aqui na roça, a gente sabe o valor de cada gota. Tem a nascente lá no alto, que brota água fresquinha o ano inteiro, o nosso poço que nos abastece e nos sustenta. A gente cuida dela, limpa ao redor, pra que a água continue pura e abundante. É essa água que irriga a horta, que mata a sede do gado, que enche a panela pra cozinhar. Sem água, não tem vida, não tem plantação, não tem nada. Por isso, a gente não desperdiça, usa com sabedoria, pensando no amanhã.
E a terra, ah, a terra! É dela que vem o nosso alimento, a nossa fartura. A gente ara, aduba, planta com as próprias mãos. Vê a semente brotar, a plantinha crescer, o fruto amadurecer. É uma alegria que não tem preço. E a gente sabe que pra ter uma terra boa, tem que cuidar dela. Não pode judiar, não pode esgotar. Tem que deixar ela descansar, plantar coisas diferentes pra ela se recuperar. É um ciclo, sabe? A gente cuida da terra, e a terra cuida da gente. É uma troca justa, que garante o nosso sustento e a saúde do solo.
O ar puro que a gente respira aqui na roça também é um presente da natureza. Não tem fumaça de carro, nem cheiro de poluição. Só o cheiro da terra molhada, das flores, do mato. É um ar que enche o peito, que dá energia pra trabalhar. E a gente sabe que esse ar puro vem das árvores, das matas que a gente preserva. Elas são o pulmão da nossa roça, e a gente faz questão de manter elas de pé, pra que a gente e as futuras gerações possam continuar respirando esse ar abençoado.
Essa conexão com a natureza não é só de trabalho, é de alma. A gente se sente parte de tudo isso. O canto dos pássaros, o barulho do vento nas árvores, o cheiro da chuva chegando. Tudo isso faz parte do nosso dia a dia, da nossa identidade. É uma vida simples, mas cheia de significado, onde a gente aprende a valorizar o que realmente importa: a terra, a água, o ar, a vida. E é essa sabedoria que a gente quer compartilhar com o mundo, pra que mais gente entenda a importância de cuidar do nosso planeta, do nosso meio ambiente. Porque, no fim das contas, somos todos dependentes da mesma terra, e o futuro dela depende de cada um de nós.
Os Desafios do Campo e a Luta pela Preservação
Mas nem tudo é só beleza e fartura aqui na roça, não. Também enfrentamos muitos desafios, e muitos deles vêm de fora, de um jeito de viver que nem sempre respeita a natureza. Vemos o o desmatamento avançando em algumas partes, derrubando árvores que levaram anos pra crescer, pra dar lugar a pasto ou a plantações que não respeitam o tempo da terra. Isso dói na gente, porque sabemos o estrago que isso faz ao meio ambiente, na vida dos bichos, na qualidade da água e do ar.
Outra coisa que nos preocupa é o uso exagerado de agrotóxicos. Tem gente que pensa que é só jogar veneno na plantação que resolve, mas isso contamina a terra, a água e até o alimento que vai pra mesa. Aqui na roça, preferimos um jeito mais natural, mais orgânico, de cuidar da lavoura. Usar adubo natural, fazer rotação de cultura, plantar junto com outras plantas que ajudam a espantar as pragas. Dá mais trabalho, é verdade, mas o resultado é um alimento mais saudável e uma terra mais viva, que vai continuar dando frutos por muitos e muitos anos.
A poluição da água também é um problema sério. Às vezes, vemos o rio que antes era limpinho, agora com lixo, com esgoto. Isso é uma tristeza, porque o rio é vida, é sustento. A gente precisa da água pra tudo, e se ela tá suja, adoecemos, os bichos sofrem. Por isso, a gente sempre fala da importância de cuidar das nascentes, de não jogar lixo no rio, de ter consciência de que a água que a gente usa hoje vai fazer falta amanhã se não cuidarmos.
E pensamos muito no futuro dos nossos filhos e netos. Que mundo iremos deixar para eles? Será que eles vão ter a mesma água pura, o mesmo ar limpo, a mesma terra fértil que a gente tem hoje? Essa preocupação é o que nos move a lutar pela preservação ambiental. Nós não queremos ver a nossa roça virar um deserto, sem vida, sem alegria. Mas sim que eles também possam sentir o cheiro da terra molhada, ouvir o canto dos pássaros, colher o alimento direto do pé.
Por isso, mesmo com as dificuldades, não desistimos. Buscamos novas formas de trabalhar a terra, de um jeito que seja bom pra gente e bom pro meio ambiente. Muitos aqui já estão plantando orgânicos, sem veneno, cuidando da biodiversidade. Vamos recuperando as nascentes, plantando árvores nas beiras dos rios pra proteger a água. Tem gente fazendo sistema agroflorestal, que é plantar árvores junto com a lavoura, pra imitar a natureza e deixar a terra mais forte. São pequenas ações, mas que fazem uma grande diferença, sabe? É a nossa forma de mostrar que a gente se importa, que estamos fazendo a nossa parte para garantir um futuro sustentável para todos, da roça e da cidade. Porque, no fim das contas, o cuidado com a terra é um cuidado com a nossa própria vida, com a nossa saúde, com o nosso bem-estar. E a gente, que vive da terra, sabe disso como ninguém.
O Que a Roça Ensina Sobre Cuidar do Nosso Planeta
Por aqui há uma sabedoria que vem da terra, do convívio diário com a observação da natureza. É uma sabedoria que não se aprende em livro, mas sim na prática, no dia a dia. Aprendemos que tudo tem seu tempo, que a pressa é inimiga da perfeição, e que a natureza tem seus próprios ciclos, que a gente precisa respeitar. Não adianta querer apressar a colheita, se a fruta ainda não tá madura. Não adianta querer plantar no tempo errado, se a terra não tá pronta. A gente aprende a ter paciência, a observar, a esperar o momento certo.
E essa paciência e observação nos ensinam muito sobre a vida e sobre o cuidado com o nosso planeta. Como uma pequena semente vira uma árvore grande, que dá sombra, frutos e abrigo para tantos bichos. Como a água da chuva, que parece tão simples, mas essencial para tudo crescer e florescer. A terra, mesmo depois de ser usada, se recupera e volta a dar vida, se cuidarmos dela com carinho.
Por isso, quando falamos de meio ambiente, não falamos só de leis e regras. Mas de respeito, de carinho, de gratidão, de entender que somos parte de um todo, e que o que a gente faz aqui na nossa roça, por menor que pareça, tem um impacto lá na cidade grande, e no mundo inteiro. Afinal, o ar que respiramos aqui, a água que cuidamos, o alimento que plantamos, tudo isso vai parar em algum lugar, vai fazer parte da vida de outras pessoas.
E é por isso e muitos outros motivos que devemos valorizar o produtor rural, o homem do campo. Porque é ele que está na linha de frente, cuidando da terra, produzindo o alimento que chega na sua mesa. É ele que muitas vezes, com pouco recurso, faz milagre para manter a terra viva e produtiva. Ele é o guardião da natureza, o elo entre a cidade e o campo, entre o homem e a terra. Precisamos reconhecer e apoiar o trabalho dele, para que ele continue fazendo essa parte tão importante.
Então, nesse Dia Mundial do Meio Ambiente, eu queria convidar vocês, meus amigos da cidade, a refletir um pouco sobre a vida na roça. Sobre a simplicidade, sobre o respeito, sobre a conexão com a natureza. Não precisa virar agricultor, nem morar no campo. Mas pode começar com pequenas atitudes no seu dia a dia. Desligar a luz quando não precisa, não desperdiçar água, separar o lixo, plantar uma árvore, valorizar o alimento que vem da terra, sem veneno. Cada pequena atitude conta, cada gesto de carinho com o meio ambiente faz a diferença.
Porque, no fim das contas, estamos todos no mesmo barco, no mesmo planeta. E o futuro desse barco, desse planeta, depende de cada um de nós. Da nossa consciência, da nossa vontade de fazer o certo, de cuidar do que é nosso, do que é de todos. A natureza é generosa, ela nos dá tudo que precisamos. Mas ela também precisa do nosso cuidado, do nosso respeito. É um ensinamento que carregamos no coração, e que queremos passar para frente, pra que mais gente entenda que cuidar do meio ambiente é cuidar da nossa própria vida, da nossa própria casa, do nosso próprio futuro.
Um Chamado da Roça para o Mundo
Então, meus amigos, chegamos ao fim dessa nossa prosa sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente. E a mensagem que nós do Saberes da Roça, queremos deixar pra vocês é bem simples, mas de coração: o cuidado com o meio ambiente não é coisa só de cientista, de político, ou de gente da cidade grande. É coisa de todo mundo, de cada um de nós, que respira o mesmo ar, bebe da mesma água e pisa na
mesma terra.
Esse dia 5 de junho é um lembrete importante, sim. É para parar um pouco, pensar no que a estamos fazendo com o nosso planeta, e nas atitudes que podemos mudar. Mas que não seja só um dia, mas um começo, um recomeço, para um cuidado que dure o ano inteiro, a vida inteira. Porque a natureza não tira férias, ela trabalha sem parar pra nos dar tudo que precisamos. E ela merece o nosso respeito, o nosso carinho, a nossa gratidão.
Que possamos, juntos, construir um futuro onde a terra seja respeitada, onde a água seja limpa, onde o ar seja puro. Um futuro onde a vida na roça e a vida na cidade se encontrem no mesmo propósito: cuidar do nosso lar, o nosso planeta. Porque, como diz o ditado aqui na roça, “quem planta vento, colhe tempestade”. E a gente não quer tempestade, a gente quer colher paz, saúde e prosperidade para todos. Que assim seja!
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