Plantar e o Sentido da Vida: Lições de Cuidado, Paciência e Fé

Como PLANTAR pode nos ensinar o SENTIDO DA VIDA

Há algo profundamente simbólico em plantar. O gesto de pegar uma semente, abrir a terra colocá-la ali, e com cuidado cobri-la, é à primeira vista uma ação simples, mas cheia de significados.

É um compromisso silencioso quase invisível que nos conecta ao tempo, a paciência e ao esforço.

O trabalho verdadeiro não está no ato inicial, no momento em que tudo parece novo, limpo e cheio de possibilidades. O verdadeiro trabalho, o verdadeiro amor está no cuidar.

Cuidar é uma palavra que carrega mais peso do que parece. Na superfície soa como algo suave um dever rotineiro, mas na prática, cuidar é resistência e consistência.

Naturalmente isso vai muito além de plantar sementes, porque tudo o que escolhemos amar em nossa vida precisa de cuidado constante, relacionamentos, projetos e sonhos.

Todos começam frágeis e vulneráveis como pequenas sementes. Fácil no início, muito empolgante. Mas durante o plantio, seja ele simbólico ou literal, regamos nos primeiros dias, observando com entusiasmo, esperando cada pequeno progresso.

Então o tempo começa a cobrar a sua presença, a terra precisa de água todos os dias, as ervas daninhas crescem ameaçando sufocar as plantas e o clima nem sempre está ao nosso favor;

A realidade se impõe. Manter a constância já não é tão emocionante; pode ser cansativo lidar com o desgaste de ver as coisas crescerem lentamente, já que tendemos a querer o resultado depressa.

E lutar contra a tentação de abandonar o que parece pequeno, de ignorar o que não nos dá retorno imediato, e estar presente mesmo quando ninguém está olhando, mesmo quando tudo parece dizer que persistir é em vão.

Pode vir uma seca, ou uma praga; você pode falhar, mas devemos continuar. Por que no fundo há um segredo incrível em tudo isso: o cuidado de Cristo conosco, que não está necessariamente na prosperidade da nossa colheita, mas no caminho que vai nos transformando.

Muitos desistem quando percebem que cuidar dói, que nos deparamos com perdas inevitáveis ao longo do caminho, quando percebemos que algumas folhas irão cair, que nem tudo o que se planta irá sobreviver; mas a verdade é que essas dores fazem parte do processo, elas não são sinais de fracasso, mas lembretes de que viver é se expor a vulnerabilidade do imprevisível.

As folhas que caem nos ensinam a importância de continuar, de podar, de regar, de persistir, de perceber que cada gesto por menor que seja importa, e isso é muito interessante: o fato de que Deus tem uma maneira peculiar de nos testar.

Jesus é a nossa esperança, Ele nos ensina a essência de nossa existência, que não é o resultado final que nos transforma; mas a caminhada com Ele. O ato diário de se dedicar, o desafio de permanecer firme em obediência, mesmo quando tudo ao redor parece incerto, porque no fim o que realmente floresce não é apenas o que plantamos, mas o que estamos construindo: o relacionamento com Ele.

Não é a árvore que cresce, mas a força, a nossa transformação enquanto cultivamos, enquanto cuidamos dela. A palavra de Deus não se revela num instante, mas lentamente a aqueles que têm coragem de permanecer nela e para aqueles que entendem que o esforço por mais árduo que seja é inútil, porque é a graça do Senhor nos contempla. Amar e cuidar, são atos ato de fé e é nessa fé e nesse compromisso que a vida encontra o seu verdadeiro significado.

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