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Israel e Irã: Entenda Um Pouco da História por Trás do Conflito

Israel e Irã: Entenda Um Pouco da História por Trás do Conflito

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Hoje, o mundo observa com apreensão a delicada e tensa situação entre Israel e o Irã. Em meio a um momento de tristeza e preocupação, o entendimento do que acontece no Oriente Médio nem sempre é claro. O objetivo deste artigo não é criar polêmica ou acirrar ânimos, mas trazer esclarecimento, entendimento e, principalmente, semear a paz entre aqueles que se encontram em perspectivas opostas, muitas vezes sem a devida compreensão.

Dois Mundos, Duas Histórias

Para entender o presente, é crucial olhar para o passado e para a identidade de cada nação. De um lado, temos Israel, um pequeno país com cerca de 22.145 km²e aproximadamente 9,757 milhões de habitantes. Do outro, o Irã, uma nação vasta com mais de 1.648.000 km²e uma população de cerca de 90,61 milhões. Desde a Revolução Iraniana de 1979, houve um distanciamento profundo que marca a relação entre os dois países.

O Irã de hoje é a herdeira da antiga e famosa Pérsia. Ao contrário do que muitos pensam, os persas (iranianos) não são árabes. Eles são um povo indo-europeu, com uma língua (o farsi), cultura e etnia distintas, sem parentesco direto com árabes, israelitas ou turcos. Sua história remonta a um dos maiores impérios da antiguidade, que sucedeu os babilônicos e dominou uma vasta área que se estendia da fronteira com a Índia ao Egito e às portas da Grécia.

Laços Antigos: Uma Surpreendente Relação de Cooperação

Apesar da hostilidade atual, a história entre judeus e persas é antiga e, por longos períodos, notavelmente positiva. O primeiro contato significativo ocorre após o cativeiro babilônico. Em 539 a.C., o imperador persa Ciro, o Grande, conquista a Babilônia e, em uma atitude de grande tolerância, não apenas liberta os judeus cativos, mas os ajuda a retornar e a reconstruir o Templo em Jerusalém. Este ato é celebrado na Bíblia e confirmado por achados arqueológicos como o “Cilindro de Ciro”, que descreve sua política de benevolência para com os povos conquistados.

Esta relação de respeito mútuo continua. A rainha Ester uma das heroínas descrita na bíblia (livro de Ester), cuja história de sobrevivência é comemorada na festa do Purim, era uma judia que se tornou rainha da Pérsia. Grande parte do final do Antigo Testamento (livros de Esdras, Neemias, Crônicas) foi escrita sob a influência e o domínio persa, refletindo essa conexão histórica.

A Grande Virada: Islã, Revolução e a Nova Inimizade

Séculos mais tarde, a expansão do Islamismo, a partir do século VII d.C., alcançou e converteu o Império Persa. No entanto, o Irã adotou uma vertente minoritária do Islã: o xiismo. Hoje, o Irã é o grande representante do islamismo xiita no mundo, o que o diferencia da maioria dos seus vizinhos, que são predominantemente sunitas. Essa divisão teológica e política entre xiitas e sunitas é uma fonte de rivalidade profunda na região, principalmente entre Irã e Arábia Saudita.

A relação entre Irã e Israel permaneceu amigável até 1979. Na época do Xá, os dois países mantinham laços diplomáticos e de cooperação. A grande virada ocorreu com a Revolução Islâmica liderada pelo Aiatolá Khomeini. O Irã se tornou uma República Islâmica teocrática, com uma postura radicalmente antiocidental e anti-Israel. A partir de então, o regime iraniano passou a declarar abertamente que seu objetivo era fazer Israel “desaparecer do mapa”.

O Cenário Geopolítico Atual

A hostilidade do Irã não se manifesta apenas em retórica. O regime iraniano adotou uma estratégia de “guerra por procuração” (proxy), financiando e armando grupos que atuam contra Israel em diversas frentes:

  • Hezbollah no Líbano (xiita).
  • Hamas e Jihad Islâmica em Gaza (sunitas, mas apoiados por interesse estratégico).
  • Talibã, Al-Qaeda no Afeganistão
  • Huthis no Iêmen.
  • Milícias na Síria e no Iraque.

Essa rede permite ao Irã atacar Israel sem entrar em um confronto direto e devastador. A principal preocupação de Israel, e do mundo, é o programa nuclear iraniano. Vale lembrar que uma arma nuclear nas mãos de radicais é um perigo para o mundo!

O Irã tem enriquecido urânio a níveis próximos aos necessários para a fabricação de uma arma nuclear, o que, para Israel, representa uma ameaça existencial. É nesse contexto de ameaça direta que ocorrem os ataques preventivos israelenses.

É importante notar que essa tensão não envolve apenas Israel. A Arábia Saudita e outras nações do Golfo também veem o Irã como uma ameaça regional, o que levou a curiosas alianças de conveniência. Recentemente, países como Jordânia e Arábia Saudita ajudaram a interceptar mísseis iranianos lançados contra Israel.

  • Em meio a tantas informações, entender o que está realmente em jogo é crucial. Não perca esta conversa esclarecedora que joga luz sobre os bastidores e o futuro da tensão entre Irã e Israel.

[Clique aqui e assista agora para entender o cenário atual]

Uma Chamada à Compreensão e à Paz

É fundamental distinguir os regimes políticos de seus povos. A história entre judeus e persas é rica e, por muito tempo, foi pacífica. A comunidade judaica no Irã, que já foi de 100.000 pessoas, hoje está reduzida a poucos milhares. Milhões de iranianos já deixaram o país fugindo da repressão de um dos regimes mais fechados do mundo.

A dor do povo palestino em Gaza é real e merece nossa sensibilidade, assim como a dor do povo israelense que vive sob constante ameaça. O erro está em apoiar regimes totalitários e narrativas de ódio, de onde quer que venham.

Cada um de nós cristãos podemos ser uma fagulha de paz. O caminho é conhecer a história, tomar cuidado com posturas exageradas e não alimentar sentimentos de intolerância, seja antissemitismo, ódio contra árabes ou contra iranianos. Oremos para que essa situação problemática não escale, e para que logo haja liberdade, paz e vida digna para o povo iraniano, para Israel – judeus e árabes que ali vivem – e para o povo em Gaza.

  • Para complementar esta análise e aprofundar seu entendimento sobre os desdobramentos atuais no Oriente Médio, convidamos você a assistir a uma entrevista essencial sobre o tema.

[Clique aqui para assistir à entrevista completa]

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Após uma vida completamente urbana, eu meu esposo e meus quatro filhos (ainda pequenos) decidimos mudar radicalmente: largar tudo e morar no campo. Quero aqui compartilhar um pouco de minhas experiências, aprendizados e novas paixões!

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